segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Fotos celebram Florence no CIS Guanabara




 http://www.unicamp.br/unicamp/noticias/2013/10/11/fotos-celebram-florence-no-cis-guanabara

Mais que abrir exposição nas salas do CIS Guanabara, na quinta-feira (10 de outubro), foi dia de rever pares e amigos para os fotojornalistas Antoninho Perri, Antonio Scarpinetti, Dário Mendes Crispim, Manoel Marques, Ricardo Lima e Tiago Navas. A mostra é parte da programação da sétima edição do Festival Hercules Florence, que movimenta o cenário fotográfico de Campinas até 31 de outubro. “Hoje estamos na frente da câmera. É gratificante poder expor nossa produção jornalística e reunir amigos de Campinas e região. É difícil ter espaço em Campinas para exposição de fotojornalismo. É excelente a ideia do Festival Hercules Florence”, disse Perri, fotógrafo da Assessoria de Imprensa da Unicamp, autor da seleção “Ruas e Campos”. A mostra coletiva pode ser visitada até dia 31, nas salas de exposição do CIS Guanabara, à Rua Mário Siqueira, 829, no bairro Guanabara, em Campinas.

Dentro de um vasto repertório, que soma anos de experiência em importantes veículos de informação e empresas, os fotógrafos emolduraram poucas fotos que representam um momento, um período ou um lugar de sua carreira. A seleção criteriosa faz com que, além de aspectos estéticos e informativos, as fotos escolhidas traduzam a sensibilidade de cada autor. Antonio Scarpinetti dá uma breve mostra do Cerrado brasileiro, com ênfase não somente na biodiversidade, mas também na representação humana do lugar. A seleção “Recortes do Cerrado” é parte da produção feita durante viagem a Goiás (DF), segundo o fotógrafo.  “São recortes mesmo. O cerrado é um dos biomas mais ameaçados por conta das fronteiras agrícolas que avançando sobre esse ambiente. Retrato esse aspecto e também as riquezas produzidas pela biodiversidade local, pois e o berço das águas. Há características específicas também aqui representadas, como os galhos retorcidos das árvores. E o elemento humano, que não pode faltar”, explica Scarpinetti.

Como os brasileiros vivem? O autor da seleção “Brasil mostra sua cara”, Manoel Marques, opta por traduzir o que lhe chamou atenção em sua volta ao Brasil. Emoldurou o campo de futebol, o rosto amazonense, o pescador, o pantanal, o vaqueiro e a viagem e burrico para garantir água. Instiga o visitante ao debate sobre o trabalho infantil na indústria do fumo. Além da satisfação em mostrar as coisas do Brasil, Marques se mostra emocionado com o reencontro na galeria do CIS Guanabara com mestres que se tornaram colegas de trabalho. Entre eles, está Neldo Cantante, seu primeiro incentivador na área de fotografia do Jornal Diário do Povo de Campinas, no final da década de 1980. “Eu era guardinha; trabalhava como operador de telégrafo, mas um dia fui revelar uma foto e “pirei”, passei a visitar o laboratório do jornal e Neldo, por ver meu interesse, começou a me passar algumas fotos para fazer. Até que um dia fotografei o cantor Belchior acendendo um cachimbo, durante visita que ele fez ao jornal para divulgar o disco Medo de Avião. Estou feliz por participar, porque minha formação foi em Campinas e por expor com amigos que gosto muito.”

As cenas diárias presenciadas entre os moradores de Eirunepé chamaram a atenção do jornalista Álvaro Kassab e do fotógrafo Dário Mendes Crispim, em expedição do Projeto Rondon, em 2003. Foi na sequência de 800 imagens que ele buscou os olhares que mais traduzem a importância desse momento de sua carreira. Na mostra do Festival Hercules Florence, a seleção recebe o nome de “Vida Ribeira”. “Quando decidi acompanhar a expedição à Amazônia, pensei que registraria as ações dos profissionais e alunos do Rondon, mas ao deparar com a riqueza natural do lugar e com as pessoas, o Álvaro começou a entrevistá-las e eu tive a oportunidade rica de acompanhá-lo. Todas as pessoas aqui expostas são personagens de matéria produzidas por ele”, explica.

 Crispim foi um dos facilitadores para a realização da exposição do Festival Hercules Florence no CIS Guanabara. Para Ricardo Lima, organizador do festival, a parceria é muito importante, pois permite mostrar o trabalho de profissionais de Campinas, cidade onde, ainda com o  nome de Vila de São Carlos, Hercules Florence fez sua primeira experiência fotográfica.  “Campinas não é a capital da fotografia, mas é o berço. O nome fotografia foi cunhado pelo Florence, então ela faz parte da história de Campinas.” E o festival abre oportunidade para que os campineiros se envolvam com essa parte importante de sua história. As exposições estão abertas a visitas escolares monitoradas, segundo Ricardo Lima, que além de organizar, assina a seleção “Rainha do Mar”, que retrata a figura de Iemanjá.

As ondas inspiraram a seleção “Moonlight”, de Tiago Navas, especialista em fotografar surfe para revistas esportivas. As cinco molduras escolhidas pelo fotógrafo encantaram algumas pessoas presentes na abertura. "Que trabalho bonito", disse a jornalista Raquel do Carmo Santos.

A abertura se converteu numa grande confraternização, que reuniu fotógrafos e jornalistas de diferentes gerações, amigos e família. O coordenador do CIS Guanabara, Odair Marques da Silva, falou sobre a satisfação de receber uma mostra de profissionais de excelência. “Este é um espaço vivo de cultura na cidade, e está aberto a parcerias. Alegres de termos esse público e poder apresentar o trabalho desses grandes fotógrafos que muitas vezes não têm a visibilidade que merecem,  mas acreditamos que esta mostra posso estimular outras iniciativas.” A primeira dama de Campinas, Sandra Ciocci, aprovou a iniciativa. “Fico feliz ao ver esse espaço repleto de pessoas. Sou formada pela Unicamp e ainda passo metade de meu dia lá, então, para mim, é gratificante ver a nossa universidade fomentando a cultura em Campinas.”

 

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Vida Ribeira

Dário  Mendes


Sobrevoar o Amazonas é sem dúvida uma experiência única; enxergar as extremidades do rio vai além da imaginação. Estávamos sobre o “pulmão do mundo” e minhas palavras de euforia dirigidas ao meu amigo e companheiro de poltrona, Russo, expressavam meu deslumbre. “Cara, demais... impressionante!”. Para ele, aquilo era engraçado, pois talvez suas experiências anteriores tenham sido mais ou menos assim. Do alto de seus quase 30 anos de jornalismo e como um bom observador, Russo mantinha a discrição e deixava para mim toda a alegoria. Sim, aquele era o Russo, o “professor”. 

Eu ainda não fazia idéia do que vinha pela frente. Ao pisar em Eirunepé, cidade-destino, senti o calor do povo. As pessoas nos esperavam no pequeno aeroporto sem ao menos nos conhecer; os sorrisos eram distribuídos por crianças, adultos e velhos, como se nos desejassem boas-vindas. Um grande contraponto se revelava, pois Eirunepé é uma cidade com várias deficiências, inclusive na saúde. Exercendo a minha função, comecei a perceber, em cada disparo da máquina fotográfica, o quanto e o que poderíamos fazer por eles.

E assim se fez: a receptividade daquele povo era simplesmente admirável, não havia como não ser recíproco. Sem exceção, fomos tratados muito bem.

Ao caminhar pelas ruas dos bairros mais pobres e com a câmera em punho, registrava tudo e a todos, acompanhava o trabalho dos nossos alunos da Unicamp em conjunto com a Unioeste. Era o primeiro dia de jornada. Em cada casa visitada, pairava uma sensação de que não havíamos feito nada e de que o tempo era muito curto.

Mais do que apenas ouvi-los, o que realmente seria feito? Como, em tão poucos dias, conseguiríamos algo? Comecei a perceber aí que a realidade vivida ali doía muito, e já não cabiam preciosismos do tipo se era a Unicamp, Unioeste ou até mesmo o governo federal que estavam à frente desse projeto. Algo precisava ser feito, e logo.

Eram pessoas que vivenciavam uma realidade nua e crua. Somente estando ali para entender o que eles passavam. Mas o que nos chamava a atenção era a felicidade deles, não sei se real, mas muito visível. Após as atividades, algumas vezes, Russo e eu saímos em busca do que motivava aquela gente, e o que encontramos foi exatamente isso: a vida. Por vezes exclamávamos: "Essa é a matéria, e ou essa é a foto", pois tudo era belo e renderia belas histórias, recheadas de belas imagens. Não queríamos apenas retratar a miséria ou a falta de condições mínimas de vida - queríamos também mostrar o que há de bom e bonito em Eirunepé. E achamos.

Talvez fosse necessário ficar aqui horas relatando tudo e retratando todos. Porém, deixo minhas lembranças fortalecerem os meus princípios quanto à vida e ao ser humano. De fato, penso que tal experiência me serviu para enxergar mais além do que através da minha câmera. Passei a enxergar pessoas.

Fizemos, sei que plantamos algo, e isso renderá frutos. Cada um de nós contribuiu com o melhor, em busca da qualidade vida.

Deixo aqui meu agradecimento extensivo a todos os eirunepeenses, por terem nos recebido da forma que o fizeram. Ao meu amigo Álvaro Kassab, que compartilhou emoções em um lugar desconhecido e, ao mesmo tempo, tão nosso. Às equipes da Unicamp e da Unioeste, que fizeram um excelente trabalho, que certamente terá continuidade; o trabalho não pára, está apenas começando. À própria Unicamp, por meio da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (Preac), com a qual pude contribuir jornalisticamente e que, com certeza, fará muito em favor não só dos cidadãos de Eirunepé, mas também de habitantes de outras localidades.

Fica o meu abraço ao povo de Eirunepé. Seus habitantes são gente como a gente. Talvez não vivam como a gente; mas, sem sombra de dúvidas, são mais gente do que muita gente!

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Espetáculo circense "Universo Casuo" abre o Conexão Cultural 2013 no Parque D. Pedro

Show tem à frente Marcos Casuo, único brasileiro do espetáculo "Alegria", do Cirque du Soleil. Apresentação gratuita é nesta quarta !!!!


No giro da Cultura



No giro da Cultura...por Dário Mendes. Todas as manhãs informações quentíssimas sobre o rumo da nossa cultura em Campinas..divulgação, informação, utilidade pública..fiquem ligados

sexta-feira, 1 de março de 2013

Um novo reitor


O 13º na sucessão da Unicamp

Em poucos dias, precisamente em seis e sete de março deste ano, a comunidade da Universidade Estadual de Campinas Unicamp exercerá mais uma vez uma ação de democracia. A consulta à comunidade para escolha do novo reitor da Unicamp.


Já são quatro décadas desde a sua fundação oficial, 5 de outubro de 1966 ou melhor, completa em outubro próximo, 47 anos de existência. Relembrando um pouco o seu passado, a universidade teve seu primeiro gestor o docente Cantídio de Moura Campos, que assumiu o cargo por oito meses, tendo como seu sucessor Mário Degni, que foi indicado pelo governador do Estado Adhemar de Barros, permanecendo nas funções até 1965. Eis que surge Zeferino Vaz, comandou a Universidade por 12 longos anos, é considerado o reitor de sua instalação.


Seguindo a sua ideologia de que para funcionar uma universidade era preciso primeiro de homens, segundo de homens, terceiro de homens, depois bibliotecas, depois equipamento e finalmente edifícios, o professor Zeferino preocupou-se primeiramente com a contratação de pessoas capazes intelectualmente e com impulso de transmitirem conhecimento. Convidou cientistas brasileiros que atuavam nos Estados Unidos e na Europa e trouxe também professores estrangeiros.
  (História da Unicamp).


Neste brevíssimo relato da história, vemos que já passaram pelo comando da Unicamp 12 pessoas, que de certa forma deixaram seu legado aos dias vindouros da Universidade. Em tão pouco tempo de existência a acadêmica alcançou um alto reconhecimento, tanto no país quanto no resto do mundo. Marcada pela sua infinita qualidade em educação, pesquisa e extensão a Unicamp torna-se hoje referência internacional, de acordo com indicadores da Coordenadoria de Relações Institucionais e Internacionais da Unicamp (Cori), a Universidade vem trilhando um caminho sólido na sua afirmação como uma universidade de classe mundial. Zeferino Vaz já tinha tal visão de que era importante ter professores estrangeiros destacados em suas áreas de atuação para consolidar o projeto acadêmico da Universidade.


E hoje, com um contingente estimado de aproximadamente de 12 mil pessoas, entre docentes e funcionários, constituem essa enorme comunidade, que contribui significativamente na ascensão da Unicamp, e a faz a academia se destacar nas diversas áreas além é claro no cenário acadêmico, serão os maiores protagonistas nas eleições para reitor. Os graduandos, também fazem parte dessa massa, porém os mais envolvidos e os que mais sentem os reflexos de uma nova gestão são os docentes e nós funcionários.


Na última consulta, em 2009, do colégio eleitoral com 1.949 docentes, 1.595 foram às urnas; dos 7.189 funcionários, 5.546 votaram; e dos 24.936 alunos, 2.257 participaram da consulta. A votação foi proporcional: os votos dos docentes representaram três quintos do total, e os votos dos funcionários e alunos, um quinto de cada grupo.


Tal consulta a reitoria de 2013, definirá para os próximos anos um gestor que terá como desafio, manter o fortalecimento da Universidade na sua educação, conhecimento e inovação científico-tecnológica, bem como consolidar de maneira eficaz o tripé da academia, graduação, pesquisa e extensão. Por sua vez, a Unicamp tem o compromisso de manter uma relação sólida com a sociedade a fim de disseminar o conhecimento, proporcionando uma maior qualidade de vida aos cidadãos. Ela deve prover em parceria com a administração pública, estruturas que possam minimizar a exclusão social e fazer de fato a integração como forma de desenvolvimento social.


É fato que em processos políticos eleitorais, existe um desgaste natural tanto dos eleitores quantos dos candidatos, concernente a propostas e compromissos de gestão, porém há de se manter o bom senso e deixar bem claro quais os caminhos que irão ser tomados. Afinal a prosperidade se tem gradativamente, e estamos falando da Universidade Estadual de Campinas, a saber, Unicamp.


Não se trata de leiloar a Unicamp e sim de direcioná-la cada vez mais a sua excelência, fazendo-a cumprir seu papel de Universidade Pública, formadora e sendo responsável por oferecer a sociedade os melhores cursos de graduação e pós-graduação além da produção de pesquisa científica e tecnológica do Brasil.


Assim aguardamos o nome daquele que será o 13º na lista de reitores que já comandaram a Unicamp, aquele que terá a responsabilidade de somar e não subtrair, multiplicar e não dividir. Fará parte da história, tal qual o visionário Zeferino Vaz, que se valer, olhem-no como exemplo.



Dário Mendes
Jornalista (Mtb-34.350) dariomc@unicamp.br
Centro Cultural Estação Guanabara/Unicamp

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

O espetáculo teatral "Paixão de Cristo" será realizado no CIS-Guanabara

Primeiro ensaio de atores e figurantes inicia no domingo dia 3 de março

Aprovado com recursos do ProAc-ICMS, da Secretaria de Estado da Cultura, a encenação do espetáculo teatral “Paixão de Cristo” terá como palco principal as dependência do Centro Cultural de Inclusão e integração Social CIS-Guanabara que será realizado nos dias 28 (quinta-feira) e 29 (sexta-feira) de março, a partir das 20h30, com entrada franca.

O primeiro ensaio do espetáculo será no dia 03 de março (domingo), na Estação Guanabara às 15h30, onde qualquer pessoa poderá participar como figurante, independente da idade, não sendo necessário qualquer tipo de experiência em te


A encenação da “A Paixão de Cristo” tem como principal objetivo, proporcionar à população da cidade de Campinas e turistas, um espetáculo de alto nível, reunindo cerca de 300 integrantes, entre atores profissionais e amadores, contando a mais bela história da humanidade.

O projeto busca ainda desenvolver um programa integrado que permite relacionar o cotidiano da população com representação ativa, por meio do teatro, para o público e para os participantes como figurantes e atores, contribuindo para a ampliação do horizonte cultural por meio do contato com a dramaturgia. Assim oferecer oportunidades aos artistas locais e regionais, além da participação da população local como figurantes, convidados das comunidades e voluntários de projetos sociais do Município de Campinas.


Serviços:
Ensaio - Espetáculo encenação da “A Paixão de Cristo”;
Dia: 03 de março (domingo), às 15h30;
Local: CIS-Guanabara, Rua Mário Siqueira, 829, Botafogo;
Contato: fone: (19) 9166-3633.

Espetáculo encenação da “A Paixão de Cristo”;
Dias: 28 (quinta-feira) e 29 (sexta-feira) de março;
Horário: a partir das 20h30;
Local: CIS-Guanabara, Rua Mário Siqueira, 829, Botafogo
Contatos: fone: (19) 3233-7801 ou http://www.cisguanabara.unicamp.br/.