segunda-feira, 12 de março de 2012

17ª edição da festa “Boi Falô”

A 17ª edição da festa “Boi Falô”, comemorada na Sexta-Feira da Paixão, já começou a agitar a comunidade do Distrito de Barão Geraldo. A comissão organizadora - integrada por funcionários da Subprefeitura local, vinculada à Secretaria Municipal de Serviços Públicos, empresários e moradores - está agilizando os preparativos.
Neste ano a festa será realizada no dia 06 de abril, das 9h às 14h, na Escola Estadual Barão Geraldo de Rezende, situada na rua Jerônimo Pátaro s/nº, no Centro do distrito. A expectativa dos organizadores é que o evento seja prestigiado, como vem ocorrendo nos últimos anos, por um grande número de pessoas de Campinas e da região.

Segundo a funcionária da Subprefeitura e participante da comissão, Zuleica Fernando, a tradicional macarronada, servida gratuitamente ao público por volta das 12h, já está garantida. Comerciantes de Barão Geraldo doaram 900 quilos do produto, bem como os ingredientes necessários para o preparo da refeição e refrigerantes.

Além da macarronada, a programação contará com atividades diversas, shows musicais e distribuição da camiseta com o logotipo da festa. Cerca de 70 voluntários participarão na realização da festa.

A lenda
A lenda do “Boi Falô” surgiu no ano de 1888, na fazenda Santa Genebra, de propriedade do Barão Geraldo de Rezende. Conta-se que um dos escravos que trabalhavam nas plantações de cana de açúcar e café foi obrigado, pelo capataz, a ir ao pasto e atrelar um boi para arar a terra em plena sexta-feira santa.

Esse escravo, chamado Toninho, um rapaz franzino e muito obediente, foi então colocar a canga no animal, que estava deitado sob uma frondosa árvore. Por mais que o escravo insistisse, o boi não saia do lugar. Foi então que o animal olhou para o escravo, deu um mugido alto e disse: “Hoje é dia santo, é dia do Senhor, não é dia de trabalho”.

O escravo saiu correndo para sede da fazenda, gritando: "O boi falô! O boi falô!" Segundo a lenda, o capataz ainda teria tentado castigar o escravo pela insubordinação, mas ele correu para a Casa Grande à procura do Barão Rezende que, ao ouvir seu relato, teria lhe dado razão e ordenado que ninguém trabalhasse naquele dia.

O escravo passou a trabalhar dentro da casa por muitos anos, até sua morte, e, em consideração aos seus bons serviços, acabou sendo enterrado junto ao túmulo do Barão, no cemitério da Saudade, em Campinas.

A lenda faz parte do folclore do Distrito de Barão Geraldo. O túmulo do escravo Toninho, no Cemitério da Saudade em Campinas, é um dos mais visitados no dia de Finados, inclusive por pessoas que querem alcançar uma graça.

http://www.campinas.sp.gov.br/noticias-integra.php?id=11970

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