Reza a missão que:
"A Secretaria da Cultura de Campinas tem como função promover o desenvolvimento cultural do Município através do estímulo ao cultivo das ciências, das artes, e das letras, incentivar e promover o artista e o artesão, incentivar e promover programas e atividades de lazer comunitário, fornecer subsídios para a publicação e divulgação de calendário de eventos culturais e turísticos, dentre outras". (consegui esse texto extraído de um site alternativo, http://www.campinasaqui.com.br/1/2798/municipais/secretaria-de-cultura-de-campinas.html, pois no portal da Prefeitura não achei).
Chega a ser bonito de ler a composição de texto, mas onde está aplicada essa missão? Parece o ideal imaginário. Isto não é o que nós campineiros temos vivenciado, aliás por muito tempo. Radicalizar? Não, estou aqui como mais um cidadão, procurando saber onde está a falha. Que eu saiba a nossa cultura expressa a qualidade do nosso desenvolvimento, se olhar por esse ângulo, o que me sobra é o silogismo "Cultura expressa a qualidade do desenvolvimento, não temos cultura, logo não temos qualidade no nosso desenvolvimento.
Não se pode simplesmente acatar, ..é não temos cultura...deixa pra lá.....não! É preciso mudar o cenário, reivindicar ações da Prefeitura por meio da Secretaria de Cultura, protestar e galgar o direito ao desenvolvimento social que duramente nos é tirado. Somos mais que objetos de manipulação eleitoral, temos direitos e obrigações também. Somos a massa que gira a economia, que faz de um certo modo Campinas crescer.
Tenho visto diversos manifestos de grupos de artistas, representantes da produção das diversas linguagens culturais (música, teatro, dança, cinema, circo e cultura popular), da cidade de Campinas, que profundamente indignados se revoltam com o descaso tão aparente e preocupados com os rumos que, ao longo dos anos, vêm sendo tomados pela secretaria de cultura deste município, tentam de alguma maneira reverter tal situação.
Essa pequena parcela de cidadãos que querem mais cultura percebem o valor inestimável que é o do se ter e fazer cultura. Se todos nós percebêssemos o quanto isso prejudica o desenvolvimento social e econômico nas três esferas em nível federal, estadual e municipal do país, com certeza a Cultura seria pauta principal nos governos.
Por um lado, a sociedade ainda não se deu conta do quanto é importante termos mais cultura, e que para tanto é preciso partirmos de uma campanha de conscientização, que cada cidadão não seja alheio o tema Cultura, e a saberem de fato o que isso poderá agregar em sua vida social, principalmente em seu próprio crescimento, enquanto cidadão.
Recentemente vimos a inércia do eleitorado quanto ao futuro de nossa cidade, abstenções, votos nulos e brancos somam uma parcela mais do que significativa para os rumos que Campinas tende a seguir, ou seja, não há comprometimento da população em querer uma melhor qualidade de vida. Isso é preocupante. Ser politizado é ser cidadão, é almejar dias melhores para todos.
A cultura é parte do processo econômico, geradora de emprego e renda. Tem potencial econômico no setor cultural: a defesa e expansão de nossos valores, nossas artes, nosso patrimônio, nossa música, teatro e cinema, nossa gastronomia, nosso saber e nosso fazer. Somos parte dessa massa construtiva e é nossa responsabilidade cobrar do executivo mais atenção a causa.
Tal situação desastrosa vem se arrastando por Campinas há algum tempo e se nada for feito o único legado deixado será os dos dias de horror que passamos nas mãos de uma administração suja e corrupta, que se quer deu o devido valor a cada um de nós, cidadãos brasileiros, e participantes ativos do dia a dia de nossa cidade.
O apelo é para que os governantes de Campinas, não trate a situação com descaso e sim com prudência, equilíbrio e acima de tudo com honestidade, porque talvez, Campinas não aguente mais renascer de tantas cinzas!
A mudança começa pela Cultura, um povo mais culto é um povo menos enganado!
Dário Mendes
Jornalista (mtb-34.350) e Analista de Negócios por T.I
Comunicação Centro Cultural Estação Guanabara/Unicamp
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